Informação:
ENTRELAÇAD@S – Abrir espaço para os que cuidam!
ENTRELAÇAD@S – Abrir espaço para os que cuidam!
Fundamentação
Os prestadores de cuidados informais desempenham um papel importante no tratamento e recovery da pessoa com experiência doença mental, havendo uma correlação óbvia entre a saúde dos membros familiares e a dinâmica familiar existente com a recuperação. No entanto, cuidar de uma pessoa com experiência de doença mental pode desencadear uma substancial sobrecarga física e psicológica, incluindo efeitos negativos físicos e emocionais, bem como custos em termos de tempo, utilização de recursos económicos, restrições nas rotinas diárias e relacionamentos sociais.
A investigação sobre o impacto da doença mental na família e vice-versa está intimamente ligada ao fenómeno da desinstitucionalização psiquiátrica, iniciada nos países ocidentais a partir dos finais da década de 50. Segundo a OMS, dois dos vários fatores de risco de um indivíduo ter doença mental são a prestação de cuidados a pessoas com doença mental e os conflitos familiares, sendo que as redes de apoio social e comunitárias, a literacia, o uso de estratégias de coping, a adaptabilidade, a autoestima, o suporte social familiar e de amigos são referidos como fatores de proteção. A família constitui, neste sentido, uma dimensão de destaque a valorizar e a integrar na compreensão da doença mental e indispensável ao processo de recuperação.
Existe um impacto direto da doença mental de um indivíduo na sobrecarga da família, que se deve às modificações e limitações impostas pela doença na dinâmica familiar, decorrente da alteração das rotinas familiares e individuais, restrição das atividades sociais e das dificuldades laborais e financeiras. Estas dificuldades acarretam em si um conjunto de sentimentos como a perda, a culpabilidade, a preocupação com o futuro, medo do incerto e tensão nas relações, que trazem consigo a sensação de fadiga física e mental extrema, exaustão emocional, diminuição da motivação no trabalho e na vida em geral. O cuidador de uma pessoa com experiência de doença mental crónica tende a colocar as suas necessidades e desejos em segundo plano e a reorganizar a sua vida em função das necessidades do outro. Esta situação deve-se ao facto de que a doença em si não se resume a um espaço curto de tempo nem a um episódio, constituindo uma quebra no ciclo esperado de vida que pressupõe que as pessoas adultas sejam independentes e autónomas (Melman, 1998, citado por Barroso, Bandeira & Nascimento, 2007).
Neste sentido, é crucial que, paralelamente ao trabalho realizado com as pessoas com experiência de um problema de doença mental, seja realizado um trabalho de apoio aos seus cuidadores e respetiva rede de suporte, familiares e amigos, no sentido de se dar resposta às suas necessidades, preocupações e objetivos.
Se as necessidades do cuidador estão supridas, a capacidade para cuidar de modo mais adequado, tanto da pessoa dependente, como de si mesmo aumenta, permitindo assim, um maior equilíbrio na relação entre as duas pessoas, que o contacto quase permanente e muitas vezes prolongado ao longo do tempo não favorece (Marau, 2000).
Este trabalho tem um impacto significativo no apoio e recuperação de pessoas com experiência de doença mental, podendo dar um contributo positivo na promoção e manutenção da saúde mental positiva. O facto de da pessoa em causa ter uma família que a apoia, com uma boa capacidade comunicacional e de adaptação face às situações adversas ou de mudança, constitui-se como fator protetor de recaídas e, consequentemente, de bom prognóstico.
Quando questionados sobre as suas necessidades, os cuidadores informais de pessoas com experiência de doença mental identificam a escassez de informação sobre a doença, serviços e recursos, grupos de suporte, dificuldades ao nível da gestão da crise, dificuldades de comunicação, resolução de problemas e suporte emocional.
Posto isto, o grande objetivo deste projeto é proporcionar aos cuidadores, familiares e amigos e respetiva rede de suporte da pessoa com experiência de doença mental um espaço onde possam ter acesso a sessões de psicoeducação, a momentos de partilha de eventos marcantes e experiências pessoais, atividades de promoção de bem-estar e apoio individual. Todo este trabalho terá como princípio a intervenção centrada na pessoa e terá como base de intervenção um projeto de intervenção individual, que contribua para a manutenção das relações enquanto mantêm a sua própria saúde e bem-estar.
População-alvo
Pretende-se apoiar 30 Cuidadores informais, Familiares e Amigos de pessoas com experiência de doença mental, residentes em S. João da Madeira.
Objetivos
Fomentar o processo de reabilitação das pessoas com experiência de doença mental, através de um trabalho concertado com a sua rede de suporte, nomeadamente os seus cuidadores, familiares e amigos.
Promover o bem-estar, qualidade de vida e saúde mental das pessoas apoiadas;
Desenvolver um Plano Individual de Intervenção para as pessoas apoiadas pelo projeto, de forma que a resposta seja adequada às suas preocupações/dificuldades, motivações e objetivos;
Reduzir os níveis de stress do ambiente familiar e proporcionar informação sobre a doença e formas de tratamento, com o propósito de melhorar a comunicação, estratégias de coping e as competências da família para a resolução de problemas.
Os serviços a englobar no projeto serão
Recursos Humanos a Integrar
Fundamentação
Os prestadores de cuidados informais desempenham um papel importante no tratamento e recovery da pessoa com experiência doença mental, havendo uma correlação óbvia entre a saúde dos membros familiares e a dinâmica familiar existente com a recuperação. No entanto, cuidar de uma pessoa com experiência de doença mental pode desencadear uma substancial sobrecarga física e psicológica, incluindo efeitos negativos físicos e emocionais, bem como custos em termos de tempo, utilização de recursos económicos, restrições nas rotinas diárias e relacionamentos sociais.
A investigação sobre o impacto da doença mental na família e vice-versa está intimamente ligada ao fenómeno da desinstitucionalização psiquiátrica, iniciada nos países ocidentais a partir dos finais da década de 50. Segundo a OMS, dois dos vários fatores de risco de um indivíduo ter doença mental são a prestação de cuidados a pessoas com doença mental e os conflitos familiares, sendo que as redes de apoio social e comunitárias, a literacia, o uso de estratégias de coping, a adaptabilidade, a autoestima, o suporte social familiar e de amigos são referidos como fatores de proteção. A família constitui, neste sentido, uma dimensão de destaque a valorizar e a integrar na compreensão da doença mental e indispensável ao processo de recuperação.
Existe um impacto direto da doença mental de um indivíduo na sobrecarga da família, que se deve às modificações e limitações impostas pela doença na dinâmica familiar, decorrente da alteração das rotinas familiares e individuais, restrição das atividades sociais e das dificuldades laborais e financeiras. Estas dificuldades acarretam em si um conjunto de sentimentos como a perda, a culpabilidade, a preocupação com o futuro, medo do incerto e tensão nas relações, que trazem consigo a sensação de fadiga física e mental extrema, exaustão emocional, diminuição da motivação no trabalho e na vida em geral. O cuidador de uma pessoa com experiência de doença mental crónica tende a colocar as suas necessidades e desejos em segundo plano e a reorganizar a sua vida em função das necessidades do outro. Esta situação deve-se ao facto de que a doença em si não se resume a um espaço curto de tempo nem a um episódio, constituindo uma quebra no ciclo esperado de vida que pressupõe que as pessoas adultas sejam independentes e autónomas (Melman, 1998, citado por Barroso, Bandeira & Nascimento, 2007).
Neste sentido, é crucial que, paralelamente ao trabalho realizado com as pessoas com experiência de um problema de doença mental, seja realizado um trabalho de apoio aos seus cuidadores e respetiva rede de suporte, familiares e amigos, no sentido de se dar resposta às suas necessidades, preocupações e objetivos.
Se as necessidades do cuidador estão supridas, a capacidade para cuidar de modo mais adequado, tanto da pessoa dependente, como de si mesmo aumenta, permitindo assim, um maior equilíbrio na relação entre as duas pessoas, que o contacto quase permanente e muitas vezes prolongado ao longo do tempo não favorece (Marau, 2000).
Este trabalho tem um impacto significativo no apoio e recuperação de pessoas com experiência de doença mental, podendo dar um contributo positivo na promoção e manutenção da saúde mental positiva. O facto de da pessoa em causa ter uma família que a apoia, com uma boa capacidade comunicacional e de adaptação face às situações adversas ou de mudança, constitui-se como fator protetor de recaídas e, consequentemente, de bom prognóstico.
Quando questionados sobre as suas necessidades, os cuidadores informais de pessoas com experiência de doença mental identificam a escassez de informação sobre a doença, serviços e recursos, grupos de suporte, dificuldades ao nível da gestão da crise, dificuldades de comunicação, resolução de problemas e suporte emocional.
Posto isto, o grande objetivo deste projeto é proporcionar aos cuidadores, familiares e amigos e respetiva rede de suporte da pessoa com experiência de doença mental um espaço onde possam ter acesso a sessões de psicoeducação, a momentos de partilha de eventos marcantes e experiências pessoais, atividades de promoção de bem-estar e apoio individual. Todo este trabalho terá como princípio a intervenção centrada na pessoa e terá como base de intervenção um projeto de intervenção individual, que contribua para a manutenção das relações enquanto mantêm a sua própria saúde e bem-estar.
População-alvo
Pretende-se apoiar 30 Cuidadores informais, Familiares e Amigos de pessoas com experiência de doença mental, residentes em S. João da Madeira.
Objetivos
Fomentar o processo de reabilitação das pessoas com experiência de doença mental, através de um trabalho concertado com a sua rede de suporte, nomeadamente os seus cuidadores, familiares e amigos.
Promover o bem-estar, qualidade de vida e saúde mental das pessoas apoiadas;
Desenvolver um Plano Individual de Intervenção para as pessoas apoiadas pelo projeto, de forma que a resposta seja adequada às suas preocupações/dificuldades, motivações e objetivos;
Reduzir os níveis de stress do ambiente familiar e proporcionar informação sobre a doença e formas de tratamento, com o propósito de melhorar a comunicação, estratégias de coping e as competências da família para a resolução de problemas.
Os serviços a englobar no projeto serão
Recursos Humanos a Integrar